sexta-feira, 26 de agosto de 2011

QUATRO - Suspense

Capitulo Quatro - Suspense
Eu ainda estava com medo, até que minha mãe apareceu na porta do meu quarto, dessa vez normal, era sim a minha mãe.
-Filho o que aconteceu?Perguntou minha mãe meio assustada.
-Não sei mãe, mas até alguns minutos atrás você queria me matar.
Notei que ela arregalou os olhos nesse momento, como se ela não se lembra-se de nada.Me assustei, obviamente ela estava possuída por algo espirito ruim não sei.Mas enquanto ao buraco, aquelas coisas que vivem saindo de lá o que podem ser, será só ideia da minha cabeça?
-Diego cade o seu pai?Arregalei os olhos, e com lagrimas descendo nos olhos eu disse.
-Ele está no quarto, mas o quarto está trancado mãe, eu estou com medo.Ela saiu andando até a outra porta, onde ficava o seu quarto.Ela tinha a copia da chave.Escutei o barulho da porta se abrir, e foi nessa hora que minha mãe deu um berro, um grito muito alto, que assustaria qualquer um.Quando me dei conta de que já podia me levantar, eu fui correndo para o quarto da minha mãe, ela estava deitada com a cabeça sobre o corpo do meu pai, que estava no chão cheio de marcas de bala no rosto e sangue, sangue por todo o quarto.Vendo aquila cena, me assustei, e fiquei ali parado olhando minha mãe chorar e o meu pai sem duvidas morto.
-Filho o que aconteceu aqui?Ela perguntou gritando e aos choros, eu não sabia o que dizer, como explicar para ela que ele cometeu suicídio, e que ela correu atrás de mim para matar e tudo aquilo, ela riria da minha cara.
-Mãe, eu acho que ele cometeu suicídio.Antes de eu escutar o barulho do tiro, ele subiu as escadas com a arma que você trabalha na mão, eu perguntei o que ele queria com a arma, mais ele me ignorou e continuou a subir as escadas, até que escutei o tiro.Então desde essa eu já comecei a imaginar que o meu pai estivesse morto.

Minha mãe parecia não acreditar tanto na historia, pois meu pai era um cara bem tranquilo, e nem eu via motivo para ele se matar, minha vida está se revirando, parece que tudo está se acabando aos poucos.Quem morrerá depois disso, eu? minha mãe?

Minha mãe ainda estava ali, na frente do meu pai, chorando, então ela arrancou o seu celular do bolso, foi nesse hora que assustei, que eu me lembre o celular dela virou caco, mas ele estava ali na mão dela, sem nem um arranhão.

-Alo, policia, sou eu Carmen, por favor venha aqui em casa rápido, meu marido cometeu suicídio.
Ela disse 'cometeu suicídio olhando para o meu rosto, como se não tivesse acredita em nada que eu acabará de explicar.Afinal ela ligou para a policia ao invés da ambulância.
Passou-se alguns minutos, e continuei ali, parado olhando minha mãe se derramar em lagrimas.A campainha tocou, minha mãe foi até a porta e eu fui junto com ela, ao abrir a porta, o policial era o mesmo que eu tinha vista a algum tempo atrás, que disse que ouviu gritos e coisas quebrando, e saiu sem mais nem menos.Na hora que abriu ele fez uma cara de espanto, e perguntou.
-O que aconteceu Carmen?
O que? Esse cara conhece minha mãe, desde quando, entrei em panico.Minha mãe explicou tudo e fomos ver o corpo de meu pai, ele olhou, chegou perto.
-É, sem duvidas foi suicídio, mas onde está a arma Senhora Carmen?
Nesse momento minha mãe olhou para mim com uma cara de panico, que até eu me assustei outra vez.

-Eu não sei.Respondeu minha mãe olhando para mim.
-Eu também não sei mãe, ele subiu com a arma na mão, só disso que eu sei.
O policial chamou minha mãe no canto e conversou aos sussurros.
-Venha com agente Diego, temos que investigar o caso.Fui seguindo eles até o carro.Fiquei no banco de trás.Quando estávamos saindo, eu vi alguém na janela do meu quarto, mas eu não sabia quem era, parecia com uma menina, era bem branca, pálida, isso foi o que eu pudi ver.Não me assustei, eu pelo menos estava saindo daquela casa, eu não suportava mais o ar pesado de lá.
No caminho até a delegacia, eu acho que era a delegacia, não ouvi uma palavra sair da boca da minha mãe.O policial ficava perguntando o que tinha acontecido lá, e se eu tinha alguma coisa haver com a morte de meu pai.Ficou sempre na mesma pergunta, até que o carro parou.Eu olhei como era o lugar, era como uma igreja daquelas bem grande, com uma cruz na entrada, naquele momento arrepiei.
-É aqui?Perguntei meio em duvidas se era ou não ali.
-Sim, mas eu não vou descer com você Diego.Respondeu minha mãe ainda chorando.Por qual motivo estaríamos ali, achei que iriamos até a delegacia para me fazer perguntas e aquelas coisas bobas de policiais, mas não estávamos ali, naquele fim de mundo.Era cheio de arvores em volta da igreja e atrás dela podia se ver umas velas acesas, eu já estava assustado outra vez.O policial desceu do carro, e eu desci junto, minha mãe ficou lá dentro, sem olhar para mim, só ficou olhando para o chão e chorando.Pode ser meio ridículo o que eu vou dizer agora, mas por que eles saíram de casa rapidamente deixando o corpo abandonado no quarto, e ainda por cima me levando para uma igreja.Eles com certeza acham que eu que matei meu pai.
-Por que me trouce até este lugar?Perguntei para o policial.
-Sua mãe disse que você não anda muito bem, vive contando historias sem sentido, coisas de fantasmas, você precisa de um exorcista.Me espantei com a resposta do policial.
-O que?Eu possuído, claro que não, eu só...
Fiquei sem resposta, na verdade na minha cabeça, eu acreditava que eu podia mesmo estar ficando possuído.Andando até a porta da igreja, senti um arrepio, mas não me assustei tanto, era como se isso já tivesse virado uma coisa de costume, eu comecei a ver umas coisas se mexendo de trás da arvore, parecia que tinha algo me vigiando, e quando olhei para trás para ver se minha mãe tinha pelo menos parar de chorar, ela estava olhando para mim, mas sabe aquele olhar bem estranho, tão fixado que mesmo sendo sua mãe você ainda sim se assustada, esse era o jeito que ela estava me olhando, eu também continuei olhando para ela, até chegar na porta, então ainda olhando para trás, notei que ela parou de olhar para mim, e sua cabeça caiu outra vez como se estivesse chorando, igual antes.
A igreja era comum, nada de tão especial, a não ser pelas velas acesas no altar, era no minimo umas quarenta velas, então antes que nos pudéssemos dizer algo, soou uma voz no ambiente.
-Quem és você que entrais sem permissão?olhei para o policial, e ele não respondeu nada, ele arrancou o seu uniforme de policial e mostrou sua verdadeira identidade, ele era padre.
-Sou eu Victor.Respondeu o "policial".Fiquei algum tempo calado, pensando no que fazer, eu estava sem reação, e ele estava lá com aquela cara seria esperando que eu dissesse alguma coisa, ou me assustasse de modo desesperador.Mesmo sem reação eu não fiquei tão desesperado em saber que aquele policial na verdade era um padre.Fomos andando e eu sempre atrás dele, chegando na frente, onde ficava o altar, ele se ajoelhou e começou a orar.
-O que estamos fazendo aqui?Perguntei, mas ele parecia nem ter escutado, continuou lá com sua reza.O ambiente era assustador, todos os bancos tinham uma escritura antiga, e nos cantos tinham santas pretas, e ainda se podia ver uma imagem bem estranha na janela, finja que era um demônio bem grande, e ele parecia estar virando cinzas.Com tudo isso ao meu redor, era quase impossível eu não me assustar.
O padre estava orando, mas havia algo de estranho nisso tudo, as velas que estavam em sua frente, começaram a se apagar devagar, de modo que só quem reparasse bem podia notar, e a cada vez que ia diminuindo a força da chama da vela, minha visão ia ficando mais escura, minhas pernas ia ficando fracas, até que cai no chão e tudo ficou tão escuro...

terça-feira, 16 de agosto de 2011

TRÊS - Possuida



Parecia que tudo havia ficado normal, desde a ultima noite.Noites normais, e sem sonhos estranhos.Debaixo da minha cama não tinha mais nada, só o meu sapato sujo, que já estava lá a duas semanas.Ah, já se passaram duas semanas e nada aconteceu.Meu pai chegou de sua viagem e minha mãe está passando mais tempo comigo, ela deixou de lado a investigação da morte de Lupi.Agora o que podia acontecer de ruim comigo?
Eu andava pela casa normalmente, procurando o que comer, e topei no caminho da cozinha com meu pai voltando de lá com uma arma da mão.
-O que vai fazer com isso pai?Perguntei um pouco assustado.Ele não respondeu nada, foi lá pra cima onde ficam os quartos, e eu só escutei a porta bater.Minha mãe não estava em casa, só tinha eu e meu pai, então eu tinha que ir ver o que era, já que minha mãe estava no mercado fazendo compras.Fui subindo escadas, e enquanto eu subia, senti um arrepio e toda aquela sensação de medo voltou outra vez, e já estava quase anoite
-Droga!sussurrei no caminho.Tava meio escuro, o que dava um pouco de luz era a janela onde o sol fraco batia.Andando lentamente e com passos leves, tentei abrir a porta do quarto da minha mãe e de meu pai.Estava trancada.Eh, agora sim eu estava com medo, e o pior é que eu não podia esperar minha mãe chegar.Só respirei fundo e continuei, até chegar agora no meu quarto.Olhei para trás e vi o sol desaparecer aos poucos, até a escuridão tomar conta dali, e o medo ficar mais intenso.A porta do meu quarto estava meio aberta, fiz o máximo esticando o meu pescoço para ver se tinha como ver algo la dentro.Não tina jeito, estava tudo escuro.Entrei no quarto.É, estava frio como das outras vezes, acho que aquelas coisas só me deram um tempo.Eu já me via dentro do quarto, mas não via nada.Acendi a luz, e não havia nada lá, passei os olhos por todos os cantos do quarto, até quando fui passar os olhos debaixo da cama, tinha um rosto lá, era branco, e dessa vez tinha face, mas não uma face humana, era branca tinha uma especie de nariz só que mais pequeno que o normal, tinha os olhos pretos, incluindo a parte que era pra ser branca dos olhos.Aquilo ficou olhando para mim, até que rapidamente aquilo enfiou debaixo da cama, sem duvidas aquele maldito buraco estava lá, outra vez.Fiquei paralisado por alguns segundos, até que escutei um tiro, eu podia jurar que este tiro estava vindo do quarto dos meus pais.Virei as costas direcionando o rosto para a porta, e com medo de algo vim atrás de mim e fui até o quarto dos meus pais.Era do lado do meu, por isso com a luz do meu quarto acesa, eu vi um pouco de sangue escorrer por debaixo da porta do quarto dos meus pais.Entrei em desespero.Bati na porta algumas vezes torcendo para que alguém viesse abrir para mim, mas eu não tinha mais esperanças disso, de algum modo eu sabia que o meu pai estava ali dentro, morto, eu pudi sentir um arrepio, cada vez que olhava pra a luz do meu quarto acesa, era talvez o meu medo de voltar pra dentro de lá, medo de dormir todas as noites em cima daquele buraco.
-Pai você está me ouvindo?Perguntei gritando.Mas nada respondia.Eu estava mais uma vez sozinho em casa, sem saber o que fazer, e com muito medo.
-Paaaaaaaai!Paaaaaaai!Você está ai?Por favor responda.Não saia uma voz dali, nada.Eu já estava com a impressão de estar escutando a minha voz ecoando.Como eu poderia descer daquelas escadas, eu estiquei um pouco o pescoço para ver la embaixo, não via nada, nem uma sombra de luz, mas não restava mais nada a fazer, eu tinha que descer, pois lá tinha o telefone do meu pai, que ele havia deixado em cima do sofá.Caminhando até a escadas, senti mais um arrepio, e essa ondas de arrepios não paravam.Aquilo tudo estava acontecendo outra vez, eu só poderia estar ficando louco, sem duvidas eu estou louco, era como se a cada arrepio fosse alguém entrando na casa.Estanho.Eu já estava nas escadas, faltava pouco para chegar no fim dela, eu não queria olhar para trás, eu tinha quase certeza que tinha algo lá, então pensando nisso eu só desci as escadas mais rápido.Mas não pude me segurar, tive que olhar, não tinha nada, só uma pequena brecha da luz do meu quarto batendo nas escadas, mas tinha sim algo lá, nesse pequena brecha de luz, eu vi uma sombra passar, foi rápido, mas pude ver como era a sombra.Era de uma pessoa, ela caminhava de quatro, mas um pouco mais esticada, parecia bem com aquele bicho do filme "O grito".Isso só fez eu descer as escadas mais rápido, até que cheguei no chão firme.Estava tudo bem quieto, mas eu escutei o apagador do meu quarto, e quando olhei para trás a brecha de luz que tinha, já não tinha mais desde agora, alguém apagou a luz.Nossa, agora meu coração batia forte, eu sentia ele mais uma vez querendo sair pela boca.Não havia outro jeito, eu tinha de tomar coragem, e acender o máximo de luzes possíveis. Comecei a andar, eu não suportava mais ficar ali parado esperando algo acontecer, ou algo descer das escadas no meu rumo.Fui o mais rápido que pude acender a luz da sala, e quando eu acendi, escutei milhares de copos, louças e todo o tipo de vasilha que se pode ter em uma cozinha se quebrar, se estilhaçando no chão.Não era possível ver nada lá dentro, a luz da sala era muito fraca pra poder clarear a cozinha.Mas de algum modo eu achei a coragem, por que dessa vez não tinha chão tremendo, e nem visão embaçada.Tirando o fato das coisas quebrando, eu me sentia normal, o que não estava nada normal era a casa.
Com a luz acesa agora, eu consegui ver o celular do meu pai no sofá, fui andando com calma até o sofá, e peguei o celular, nele já tinha duas chamadas perdidas, e era da minha mãe.Disquei o número da minha olhando para a cozinha, esperando que nada pudesse sair dali.Puis para chamar.
-Piiiiiiiii.Piiiiiiiii.Piiiiiii.O celular no meu ouvido estava chamando.Gelei quando ouvi isso que vou contar agora.O celular da minha mãe estava tocando em algum lugar da casa, não era possível minha mãe estar lá, ouvindo tudo quebrar e não fazer nada.Enquanto eu chorava, paralisado de medo, a luz da cozinha se acendeu.A cozinha não tinha porta, e o acendedor da lampada, ficava na parede da entrada, e quem estava lá, parada, era minha mãe, e atrás dela estava seu celular quebrado no chão, junto com um monte de vasilhas.
-Mãe?Perguntei com tanto medo que quase que a minha voz não saiu.-É você?
Ela estava de pé, quieta, não falava nada e nem se movia, só ficava ali olhando para mim.
-Mããããee!Perguntei gritando.Mas ela não respondia.Até que ela deu um berro muito alto, que mesmo sendo minha mãe, eu fiquei assustado, por que não era possível um ser humano dar um berro daquele, um berro que durou trinta segundos, mas foram os trinta segundos mas horríveis de minha vida até hoje.Ela parou outra vez.Eu pudia ver sua respiração aumentar, como se estivesse com muita raiva, e a cada segundo que se passava sua respiração ficava mais forte, até que ela lançou outro berro.Eu não sabia o que fazer.Agora esse berro durou menos tempo, e quanto ela parou de gritar ela caiu no chão e ficou se retorcendo, até que do nada ela voou para o alto, como se tivesse sido jogada, mas com muita força na parede.Então ela se levantou e veio andando em meu rumo, devagar, mas a sua respiração continuava do mesmo jeito.Eu fui chegando para trás medida em que ela se aproximava de mim.Ela começou a vim mais rápido até chegar ao ponto de estar correndo.E quando eu me vi, eu já estava subindo as escadas, fugindo da minha própria mãe descontrolada.Nesse momento eu nem quis lembrar que provavelmente tinha algo ruim aqui em cima.Ela também estava subindo as escadas, mas de modo muito mais estranho, finja que agora minha mãe só tinha controle das pernas.Todo o seu corpo estava para trás, dava pra escutar o barulho de sua cabeça batendo nos degraus da escada junto com seus braços, que já estavam parecendo mesmo de pano.Fiquei aterrorizado com aquela cena, então não fiz mais nada além de correr para o meu quarto.A porta já estava aberta, eu só entrei e a fechei, batendo-a com força.acendi a luz.No quarto eu podia jurar que não tinha nada, mas o buraco estava ali, debaixo da minha cama.Do lado de fora do corredor, era possível escutar os passos da minha mãe.Me afastei da porta devagar, fazendo o máximo para ficar longe da porta e do buraco.Pois agora mesmo minha mãe do lado de fora, estava batendo na porta com força, e quase chegando ao ponto de quebra-la.Estava começando a quebrar, já se podia ver ela se rachando devagar, a cada batida com a mão que ela dava.Eu já estava entrando em desespero, agora já não tinha nem uma coisa a fazer.Então a cama começou a se mecher, como se estivesse sendo arrastada por alguém, mas era bem lento, quase não notável.O clima já era tenebroso pra falar a verdade, era como se a casa já não fosse a mesma de dois anos atrás.Ouvindo aquele barulho, eu me sentei colocando os joelhos entre o peito e baixei a cabeça na espera de que minha mãe voltasse ao normal logo.O barulho na porta ficava cada vez mas alto, como se minha mãe descontrolada cada vez que me vice mais, mais ela queria terminar de quebrar a porta.Aquilo não parava, eu já estava chorando de medo, ainda mais com o que estava saindo debaixo da cama agora.Eu tinha quase certeza de que era aquele monstro que eu vi semana passada, olhando para mim com as mãos apoiadas na cama.Aquilo veio chegando perto de mim devagar, rastejando, e com as mãos retorcidas.Não era possível eu ficar com mais medo, então só fechei os olhos, e esperei.A porta se abriu, nesse mesmo momento senti um gelo no coração, e me encolhi mais do que antes.Ficou tudo em silencio, nem um barulho mais, então deixei uma pequena brecha do olho para fora.Não tinha nada mais lá, pra ser sincero, a casa parecia menos tenebrosa agora, o monstro que acabará de sair da minha cama já não estava mais ali.Pensei por um momento em ir la para fora, já que a porta estava aberta, mas não, poderia muito bem ter algo lá fora, só me esperando para dar o bote.Então esperei, até ver se alguma coisa apareceria ali, mas nada apareceu, passou algumas horas, e a única coisa que eu via ali era o breu da noite, e a luz do meu quarto piscando como pisca-pisca natalinos.Depois de todo esse tempo, escutei a porta lá de baixo abrir, não tenho a menor duvida de que era a porta de entrada da casa.
-Diego!Cade você filho?Era a voz da minha mãe.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

DOIS - O buraco

Capitulo - Dois

Antes que eu me esqueça, eu sei que tudo que aconteceu noite passada foi real, mas eu não quero acreditar por medo.Eu estava ali deitado na cama esperando que tudo aquilo tivesse sido só um sonho, mais não havia sido só um sonho, a minha cama estava fora do lugar, e foi eu mesmo que tirei a cama do lugar dela.Ta tudo tão estranho, não sei o que faço, então só vou esperar e torcer pra que tudo acabe logo.Levantei e fui até o banheiro que era do lado do quarto da minha mãe, que ainda não tinha chegado.Me olhei no espelho, eu estava pálido e com olheiras, parecia que eu não tinha dormido a meses, e sem falar que eu estava bastante exausto.Sai do banheiro e fui até as escadas, descendo elas eu estava torcendo em minha mente para que o telefone não estivesse fora do gancho, e que não tivesse nem um copo na cozinha.Sentei no penúltimo degrau das escadas, o telefone estava fora do gancho, e tinha uns cacos indo para a cozinha.Abaixei a cabeça e fiquei quieto, lembrando de tudo aquilo, era assustador, pela primeira vez eu me sentia morto por dentro, eu sentia que aquilo não podia ser algo bom, o buraco a morte de Lupi, e as tremedeiras no chão, não sei mais o que pensar sobre isso.Terminei de descer as escadas, puis o telefone no gancho e limpei os cacos.Não sei por que mas meu pé estava doendo, eu havia mesmo cortado ele.
-Din don!A campainha tocou, fui correndo atender esperando que fosse minha mãe, mas quando abri a porta, vi que não era ela, era um homem negro com um casaco marrom, e um bigode feio.
-Está tudo bem garoto?Posso falar com sua mãe?Perguntou o rapaz.
-Minha mãe não está.Respondi com um leve toque de tristeza no olhar, e eu senti que aquele homem tinha notado que eu não estava bem.
-A vizinha disse que escutou gritos e copos sendo quebrados, por isso estou aqui.Pode me explicar o que aconteceu?Comecei a ficar nervoso e tremer os dentes.
-Não aconteceu nada senhor, só problemas familiares.Respondi sabendo que ele notaria que era mentira.
-Mas a sua mãe não passou a noite em casa passou?Levei um susto quando ele disse isso abrindo um sorrisinho falso no canto da boca.
-Eee, bem como sa-sabe disso?Perguntei gaguejando.
-Deixe pra lá.Posso entrar garoto?A proposito qual é o seu nome?Pensei por alguns segundos sobre aquele homem não ser policial, eu nem perguntei se ele era policial, mas agora já era tarde demais.
-Claro, por que não.
Abri a porta para que o policial entrasse, no mesmo momento que ele entrou, ele parecia inseguro, desconfiante do que estava fazendo.Ele passou pela sala olhando para cima, para baixo e por todos os cantos da sala.Subiu as escadas e foi até os quartos, e eu o seguindo.Entrando no meu quarto e notei que estava frio, como nos outros dias, mas quando o policial entrou no quarto ele ficou estranho, parecia com medo, então ele disse as pressas.
-Muito obrigado filho.Agora tenho que ir. Olhei para ele e ele estava dando uma leve abaixada para olhar debaixo da cama, e eu acompanhado junto com ele, então nós nos entreolhamos e ele saiu do quarto correndo como se tivesse acabado de ver uma assombração, mas não tinha nada debaixo da cama, e nada no quarto.Ele saiu da casa com um sorriso falso no rosto e foi embora.
Já era duas horas e minha mãe nem tinha ligado para avisar o que poderia ter acontecido, eu já estava começando a ficar com medo, medo de chegar a noite e minha mãe não chegar, isso estava estranho demais, cada dia que se passa isso fica mais estranho, eu estava me sentindo estranho hoje, mas estranho que antes.Eu não sei o que deu na minha cabeça, mais eu resolvi ir para o quarto, meu quarto, isso é que era o pior, mas eu não estava com medo.Chegando no quarto minha visão começou a ficar embaçada, e eu comecei a ficar tonto, nossa o que poderia ser aquilo, comecei a esbarrar nas coisas que estavam em cima do criado que havia do lado da minha cama, e eu nem notava a dor no meu pé, era como se eu estivesse em transe, foi ai que eu comecei a ficar mole, como um boneco de pano, depois de ter esbarrado e derrubado quase tudo que tinha no quarto, deitei na cama de forma brusca, e fiquei uns minutos parado ali, olhando a janela, eu nem podia me mecher direito, na verdade eu não conseguia, então tentei dormir, mas o sono não vinha, não vinha nada em minha mente, não vinha medo, não vinha desespero ou calma, não consigo explicar.Deitado na cama olhando para a janela, percebi que o tempo estava mudando, mais não mudando de sol para chuva e sim de dia para noite, eu na verdade não estava entendo nada, nada mesmo.
O chão começou a tremer outra vez, e eu não fiquei impressionado com aquilo, eu já esperava.Minha tontura não passava.Senti um frio no mesmo momento em que o chão começou a tremer, e comecei a sentir uma presença no quarto, e ouvi também um barulho, como se fosse um ruido, ou um gemido, até que na minha frente, na cabeceira da cama apareceu uma mão branca, chegava a ser meu pálida, a mão parecia estar fazendo força para subir e mostrar o rosto, até que algo saiu debaixo da cama, lembra da coisa negra que eu tinha visto noite passada, acho que era aquilo, mais não tinha face era só uma coisa com capôs.Aquilo começou a apoiar as mãos na cabeceira, se posicionando para olhar para mim, e aquilo realmente ficou olhando para mim, ali parado olhando para mim.Minha visão começou a desembaçar até ficar normal, até tudo ficar normal, meu medo voltou rápido mas eu ainda não conseguia me mecher, de tanto medo, eu não sabia o que fazer, aquilo não parava de me olhar, eu nem sabia se estava me olhando.Mas dava medo, e deu mais medo ainda quando aquilo começou a gritar, berrar era um berro muito alto chegava até mesmo a doer os ouvidos, eu estava apavorado, mas derre pente aquilo parou de berrar, a devagar ela saiu andando para trás, até que chegasse a janela, o bicho jogou o corpo no chão como se estivesse com todos os ossos do corpo sendo quebrados e começou a retorcer até que fosse parar mais uma vez debaixo da cama, e foi se retorcendo até desaparecer, comecei a chorar, fiquei sem reação, então resolvi me levantar, devagar fui andando para longe da cama e fui abaixando a cabeça para ver se tinha algo la debaixo.Tinha algo la debaixo, não sei explicar o que era, mas não era bom, comecei a arrastar a cama, mais uma vez eu me sentia fora de mim, e debaixo da cama estava o buraco, enorme, e de la de dentro eu escutei um berro alto, muito alto, e foi abaixando aos poucos, e derre pente aquele monstro sem face apareceu no buraco e me puxou para dentro, eu não pudi fazer nada, foi muito rápido.Comecei a pensar que era o meu fim, por que eu ia caindo no buraco e aquele monstro ia segurando meus braços, e muitos berros de humanos começou a aparecer, até que tudo parou, não tinha mais fundo, ali era o chão, mais era tudo muito escuro, não dava para ver quase nada, só um pedaço dos braços daquele monstro desaparecendo aos poucos na escuridão, até que não fosse possível ver mais nada ali.Eu estava deitado, com medo e sem reação alguma, só com a esperança de aquilo ser um sonho, mais não era, era real, meu pé ainda doía muito, e eu estava sujo.Ficou tudo em silencio por alguns segundos, até que berros de humanos mais uma vez começaram, mais agora bem mais altos, era como se eles estivessem do meu lado, tampei os ouvidos e fechei os olhos e procurei ficar calmo.Deitado no chão, eu comecei a levantar, e os berros não paravam, eram tão altos que eu comecei a soar e cair no chão outra vez, eu não conseguia me mover.Com meus olhos já abertos vi uma coisa se aproximar, eu não queria acreditar, mas no meio de toda essa escuridão, eu juro que o que estava se aproximando de mim era Lupi, todo despedaçado como eu o vi da ultima vez, esmagado e com os olhos para fora.Comecei a chorar como um bebezinho, só de lembrar daquela cena.Era ele, sem duvidas, ele veio no meu rumo, mancando, até que ele parou, e da escuridão surgiu uma mão, e puxou Lupi.A mão não era a mesma do monstro que eu havia anteriormente, era mais suja e menos pálida, e não era mesmo o mesmo monstro, eu pude ver seu rosto, por que no mesmo momento em que o outro monstro puxou os restos de Lupi ele logo começou a comer Lupi, foi isso que me deu mais medo ainda e me arrancou mais lagrimas.Então fechei os olhos mais uma vez, e me deitei no chão.Passou um tempo e os berros foram ficando mais baixos outra vez, resolvi abrir os olhos.Eu pude ver uma pequena luz no fundo, e aos poucos ela foi crescendo, até que tudo estava claro, tão claro que não pude ver nada.O chão começou a ficar frio, e eu olhei para baixo, e era o chão do meu quarto, pelos lados se pudia ver a parede do meu quarto, sai dali debaixo o mais rápido possível, e eu estava ali no meu quarto, e já era dia.Senti um alivio, e ouvi a campainha tocar, desci correndo as escadas, e abri a porta.-Ufa.Era minha mãe finalmente.Dei um abraço nela, e contei o meu sonho, mas não foi só um sonho, meu pé estava doendo, e antes de sair do quarto pude ver as coisas que eu derrubei quando fiquei tonto.Mas achei melhor dizer para minha mãe que foi só um sonho.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

UM - A madrugada

Capitulo - Um


Já era noite quando eu escutei o tiro vindo da rua da minha casa e gritos soarem junto com o ar.Fui correndo até a janela e só vi escuridão, parecia mesmo o inferno invadindo a cidade. Bem no fundo da rua podia se ver fogo e pessoas correndo, eu tentava me mover mas era tão tenso que eu só conseguia olhar sem ter reação alguma, então eu só ficava pensando no que poderia ser aquilo e onde poderiam estar os meus pais...Acordei suado e com a cama toda ensopada, era um sonho.Era madrugada e estava em um silencio profundo, exceto pelo meu cachorro latindo como louco no quintal da minha casa.Me levantei da cama e sai andando pelo corredor até chegar na cozinha para pegar um copo com água.Tomando o copo com água um vento frio entrou na casa e estava tudo muito escuro, o pouco que clareava era a luz da geladeira que eu deixei aberta.Por algum segundos eu senti o chão tremer e eu me senti relaxado, de um certo modo aquilo estava sendo uma massagem para mim, até que eu comecei a perceber que os latidos do meu cachorro foram ficando mais altos e agora já pareciam na verdade berros humanos.Eu fiquei assustado e sem que eu notasse eu já estava correndo para minha cama, deitado com o travesseiro cobrindo a cabeça de modo que tampasse meus ouvidos gelados.Fechei os olhos e comecei a rezar.
-Pai nosso que estais no céu, santifica...E imediatamente quando eu ia continuar a palavra uma voz me interrompeu .
-Deus não vai participar disso Diego.Comecei a soar outra vez, mas agora acordado.Meu cachorro havia parado de gritar, como se ele estivesse sido morto agora, então não se passou nada na minha mente além de gritar.
-...
Não saiu nada, nem um voz e cada vez que eu tentava parecia que eu ia ficando mais fraco e sonolento até que a única luz que eu via era a luz da lua refletindo a janela, até que eu já não via mais nada só a escuridão e antes de desmaiar juro que pude sentir um leve cheiro de enchopre entrando pelo minha narinas, até que eu desmaiei.
No outro dia acordei com o despertador no meu ouvido e minha mãe aos berros do lado de fora.Logo já levantei correndo e fui até a janela que dava pro jardim de casa, quando olhei a janela vi meu cachorro Lupi no chão ou o que sobrou dele.Ele estava com a cabeça esmagada e com os olhos para fora era como se um trator estivesse passado por cima dele.Ao ver aquela cena não pudi segurar uma lagrima do rosto.Lá debaixo dava pra sentir o cheiro dele, até parecia que ele havia sido morto a dias.Desci até o jardim e da porta da sala que dava pro jardim, podia se ver rastro de sangue por todo o chão.Eu estava tão tenso que eu nem consegui falar nada , então só fiquei olhando aquilo ao lado de minha mãe se desmanchando em lagrimas.Ainda dava pra ouvir os latidos do meu cachorro que eu tinha ouvido noite anterior.Alias o que aconteceu noite passada foi muito estranho, pareceu algo sobre natural, mais eu não poderia falar para a minha mãe que a morte de Lupi poderia ter sido causada por algo sobrenatural.Então achei melhor esquecer tudo aquilo talvez isso tinha sido só coisa da minha cabeça, aquela frase que eu ouvi "Deus não vai participar disso, Diego" certeza que era coisa da minha cabeça, mas cada vez que eu lembrava, eu sentia um arrepio e o medo me dominava outra vez.
Pode ser até fácil perder um cachorro, mais do jeito que Lupi foi assassinado, foi difícil acordar com aquela cena, e olhar para ele e lembrar de seus berros assustadores no meio da madrugada e eu com medo feito um bebe de 2 anos fugindo do que me assusta.
-Volte a rotina normal Diego, como eu sou policial investigativa, irei ver o que posso fazer diante disso.Agora vá para a escola, e esqueça o que aconteceu.Apenas concordei com a cabeça e voltei para o meu quarto mais uma vez.Lá estava mais frio que antes, era como se a cada segundo que passasse o quarto ficava mais frio, e eu não entendia, era verão e o sol queimava por todos os cantos, e no meu quarto ainda dava para sentir um cheirinho de enchopre se você respirasse bem fundo.
Fui para a escola normalmente, tentando esquecer o que havia acontecido, mas aquela cena obscura não saia da minha cabeça nem por um segundo sequer.Meus amigos passaram o dia todo curtindo com a minha cara, me chamando de bixa e gay por eu ter chorado as escondidas pela morte de um cachorro, é mais era o meu cachorro e pouco importava para mim a opinião deles.Passei o dia todo triste.Indo para casa encontrei Vanessa uma amiga da minha mãe, ela me perguntou o que havia acontecido e por que minha mãe estava tão tensa no trabalho hoje.Eu disse para ela que era problemas familiares e que era melhor não falar disso.Chagando em casa não havia ninguém, só eu que acabará de chegar.Entrei na casa e ela estava normal como todos os dias, mas eu sei que faltava alguma coisa...Eu sabia o que era, Lupi não tinha vindo lamber os meus sapatos hoje e nem morder a roda do carro do meu pai.O jardim estava limpo sem nem vestígio de sujeira, só um pequeno pedacinho de sangue seco no chão que foi obviamente mal limpado.Passei direto e subi para o quarto, já estava quase anoitecendo, e mais uma vez o meu quarto estava frio, mais dessa vez muito frio mesmo, e notei que bem perto da cama quase debaixo dela tinha uma pegada, mais não era humana, foi ai que uma lagrima escorreu no canto do meu olho, era uma pegada de cachorro, se o meu cachorro não estivesse acabado de ser assassinado eu diria que era a pegada de Lupi, mais não poderia ser, Lupi estava morte, definitivamente morto.Mas evitei pensamentos, então fui seguindo as pegadas com os olhos e abaixando a cabeça para debaixo da cama, cada momento que eu descia mais a cabeça, mais pegadas iam aparecendo, até que as pegadas acabaram e só restou uma coisa negra debaixo da cama, era que a noite tinha chegado e a luz do meu quarto estava apagada, eu não encher gava mais nada ali só a lua pela janela, comecei a ficar com medo, então ergui o corpo e fui correndo acender a luz, tudo parecia estar lento, e o chão começou a tremer outra vez como na noite passada, só acendi a luz, e quando olhei para trás vi uma coisa negra, parecido com aqueles monstros de filmes, não tinha face e eu a vi tão rápido que nem notei se tinha pernas, foi rápido demais, no mesmo momento em que eu me virei aquilo correu para debaixo da cama, como se estivesse com medo de mim, parecia que estava se escondendo.Fiquei paralisado com aquela cena, eu não sabia se corria ou se eu ia ver o que era aquilo, minha mãe só ia chegar meia noite e meu pai estava viajando para o Canada, comecei a respirar fundo e tentar pensar o máximo possível, mas não dava nem para me mecher, imagina pensar então.Fiquei um tempo me resolvendo, então decidi ir para a sala e esperar a minha mãe chegar e falar para ela o que havia acontecido, e perguntar se era real ou não.
Eu estava no sofá esperando minha mãe chegar, com muito medo e com todas as luzes da casa acesas, eu não sabia o que fazer, aquilo tudo parecia tão estranho, meu cachorro a noite passada e agora isso, por que isso tem que acontecer comigo, eu sou só um adolescente comum de dezesseis anos.Quieto, encolhido no sofá, escutei algo quebrar, como vidro caindo no chão, parecia ter vindo do meu quarto, agora eu estava com mais medo ainda, encolhido e olhando para e escada, torcendo para que nada descesse dali, depois de eu ter escutado algo quebrar no quarto, ficou um silencio total, e já estava ficando tarde, pela escuridão aparentava ser onze horas, então comecei a pegar num sono até que não aguentei mais e dormi.Tive o mesmo sonho da noite passada, fogo, tiro, escuridão, e berros humanos por todas as partes.Acordei, estava tudo com eu tinha deixado, mas eu jurei que o que tinha visto no quarto era sonho, mas não era, vou falar por que não era um sonho. Quando eu acordei fui pegar um copo com água, e olhar as horas, o relógio estava parado, e as horas que marcavam lá era quatro e quinze da madrugada.Foi ai que percebi que acordei no sofá, e que aquilo não tinha sido um sonho, o medo foi me dominando mais uma vez, bem devagar, até que o telefone tocou, levei um susto e o copo que estava na minha mão caiu, e ficou em pedaços, assim cortando o meu pé, mas eu estava tão apavorado que nem notei o sangue escorrendo do meu pé, fui andando devagar atender o telefone, e quando eu o tirei do gancho ficou em silencio, até que eu escutei um latido vindo do telefone, caramba eu não sabia o que fazer, o que era aquilo...Lupi?Fiquei assustado, eu até sentia o coração querendo sair pela boca, então o telefone caiu da minha mão, e sem reação já fora do controle, eu sai andando, e subi as escadas e entrei no meu quarto, estava normal, eu podia ver tudo mais eu não podia reagir, parecia que tinha outra pessoa em meu corpo.Comecei a arrastar a cama devagar, e uma especie de buraco ia se formando cada vez que a cama ia saindo do lugar.Eu tentava me mecher mas não conseguia, então a cama saiu completamente do lugar, e debaixo dela havia mesmo um buraco, mas era muito grande chegava a ser maior do que a minha própria cama, de lá mesmo do buraco eu escutei berros, milhões de berros, humanos.Fiquei tenso, muito tenso, e tudo ficou escuro, eu já não ouvia nada e nem via, mais uma vez eu tinha desmaiado.
Acordei no outro dia com a cama fora do lugar mais nem um buraco havia ali, então para mim foi só mais um sonho, mais um sonho que foi muito real.