sexta-feira, 26 de agosto de 2011

QUATRO - Suspense

Capitulo Quatro - Suspense
Eu ainda estava com medo, até que minha mãe apareceu na porta do meu quarto, dessa vez normal, era sim a minha mãe.
-Filho o que aconteceu?Perguntou minha mãe meio assustada.
-Não sei mãe, mas até alguns minutos atrás você queria me matar.
Notei que ela arregalou os olhos nesse momento, como se ela não se lembra-se de nada.Me assustei, obviamente ela estava possuída por algo espirito ruim não sei.Mas enquanto ao buraco, aquelas coisas que vivem saindo de lá o que podem ser, será só ideia da minha cabeça?
-Diego cade o seu pai?Arregalei os olhos, e com lagrimas descendo nos olhos eu disse.
-Ele está no quarto, mas o quarto está trancado mãe, eu estou com medo.Ela saiu andando até a outra porta, onde ficava o seu quarto.Ela tinha a copia da chave.Escutei o barulho da porta se abrir, e foi nessa hora que minha mãe deu um berro, um grito muito alto, que assustaria qualquer um.Quando me dei conta de que já podia me levantar, eu fui correndo para o quarto da minha mãe, ela estava deitada com a cabeça sobre o corpo do meu pai, que estava no chão cheio de marcas de bala no rosto e sangue, sangue por todo o quarto.Vendo aquila cena, me assustei, e fiquei ali parado olhando minha mãe chorar e o meu pai sem duvidas morto.
-Filho o que aconteceu aqui?Ela perguntou gritando e aos choros, eu não sabia o que dizer, como explicar para ela que ele cometeu suicídio, e que ela correu atrás de mim para matar e tudo aquilo, ela riria da minha cara.
-Mãe, eu acho que ele cometeu suicídio.Antes de eu escutar o barulho do tiro, ele subiu as escadas com a arma que você trabalha na mão, eu perguntei o que ele queria com a arma, mais ele me ignorou e continuou a subir as escadas, até que escutei o tiro.Então desde essa eu já comecei a imaginar que o meu pai estivesse morto.

Minha mãe parecia não acreditar tanto na historia, pois meu pai era um cara bem tranquilo, e nem eu via motivo para ele se matar, minha vida está se revirando, parece que tudo está se acabando aos poucos.Quem morrerá depois disso, eu? minha mãe?

Minha mãe ainda estava ali, na frente do meu pai, chorando, então ela arrancou o seu celular do bolso, foi nesse hora que assustei, que eu me lembre o celular dela virou caco, mas ele estava ali na mão dela, sem nem um arranhão.

-Alo, policia, sou eu Carmen, por favor venha aqui em casa rápido, meu marido cometeu suicídio.
Ela disse 'cometeu suicídio olhando para o meu rosto, como se não tivesse acredita em nada que eu acabará de explicar.Afinal ela ligou para a policia ao invés da ambulância.
Passou-se alguns minutos, e continuei ali, parado olhando minha mãe se derramar em lagrimas.A campainha tocou, minha mãe foi até a porta e eu fui junto com ela, ao abrir a porta, o policial era o mesmo que eu tinha vista a algum tempo atrás, que disse que ouviu gritos e coisas quebrando, e saiu sem mais nem menos.Na hora que abriu ele fez uma cara de espanto, e perguntou.
-O que aconteceu Carmen?
O que? Esse cara conhece minha mãe, desde quando, entrei em panico.Minha mãe explicou tudo e fomos ver o corpo de meu pai, ele olhou, chegou perto.
-É, sem duvidas foi suicídio, mas onde está a arma Senhora Carmen?
Nesse momento minha mãe olhou para mim com uma cara de panico, que até eu me assustei outra vez.

-Eu não sei.Respondeu minha mãe olhando para mim.
-Eu também não sei mãe, ele subiu com a arma na mão, só disso que eu sei.
O policial chamou minha mãe no canto e conversou aos sussurros.
-Venha com agente Diego, temos que investigar o caso.Fui seguindo eles até o carro.Fiquei no banco de trás.Quando estávamos saindo, eu vi alguém na janela do meu quarto, mas eu não sabia quem era, parecia com uma menina, era bem branca, pálida, isso foi o que eu pudi ver.Não me assustei, eu pelo menos estava saindo daquela casa, eu não suportava mais o ar pesado de lá.
No caminho até a delegacia, eu acho que era a delegacia, não ouvi uma palavra sair da boca da minha mãe.O policial ficava perguntando o que tinha acontecido lá, e se eu tinha alguma coisa haver com a morte de meu pai.Ficou sempre na mesma pergunta, até que o carro parou.Eu olhei como era o lugar, era como uma igreja daquelas bem grande, com uma cruz na entrada, naquele momento arrepiei.
-É aqui?Perguntei meio em duvidas se era ou não ali.
-Sim, mas eu não vou descer com você Diego.Respondeu minha mãe ainda chorando.Por qual motivo estaríamos ali, achei que iriamos até a delegacia para me fazer perguntas e aquelas coisas bobas de policiais, mas não estávamos ali, naquele fim de mundo.Era cheio de arvores em volta da igreja e atrás dela podia se ver umas velas acesas, eu já estava assustado outra vez.O policial desceu do carro, e eu desci junto, minha mãe ficou lá dentro, sem olhar para mim, só ficou olhando para o chão e chorando.Pode ser meio ridículo o que eu vou dizer agora, mas por que eles saíram de casa rapidamente deixando o corpo abandonado no quarto, e ainda por cima me levando para uma igreja.Eles com certeza acham que eu que matei meu pai.
-Por que me trouce até este lugar?Perguntei para o policial.
-Sua mãe disse que você não anda muito bem, vive contando historias sem sentido, coisas de fantasmas, você precisa de um exorcista.Me espantei com a resposta do policial.
-O que?Eu possuído, claro que não, eu só...
Fiquei sem resposta, na verdade na minha cabeça, eu acreditava que eu podia mesmo estar ficando possuído.Andando até a porta da igreja, senti um arrepio, mas não me assustei tanto, era como se isso já tivesse virado uma coisa de costume, eu comecei a ver umas coisas se mexendo de trás da arvore, parecia que tinha algo me vigiando, e quando olhei para trás para ver se minha mãe tinha pelo menos parar de chorar, ela estava olhando para mim, mas sabe aquele olhar bem estranho, tão fixado que mesmo sendo sua mãe você ainda sim se assustada, esse era o jeito que ela estava me olhando, eu também continuei olhando para ela, até chegar na porta, então ainda olhando para trás, notei que ela parou de olhar para mim, e sua cabeça caiu outra vez como se estivesse chorando, igual antes.
A igreja era comum, nada de tão especial, a não ser pelas velas acesas no altar, era no minimo umas quarenta velas, então antes que nos pudéssemos dizer algo, soou uma voz no ambiente.
-Quem és você que entrais sem permissão?olhei para o policial, e ele não respondeu nada, ele arrancou o seu uniforme de policial e mostrou sua verdadeira identidade, ele era padre.
-Sou eu Victor.Respondeu o "policial".Fiquei algum tempo calado, pensando no que fazer, eu estava sem reação, e ele estava lá com aquela cara seria esperando que eu dissesse alguma coisa, ou me assustasse de modo desesperador.Mesmo sem reação eu não fiquei tão desesperado em saber que aquele policial na verdade era um padre.Fomos andando e eu sempre atrás dele, chegando na frente, onde ficava o altar, ele se ajoelhou e começou a orar.
-O que estamos fazendo aqui?Perguntei, mas ele parecia nem ter escutado, continuou lá com sua reza.O ambiente era assustador, todos os bancos tinham uma escritura antiga, e nos cantos tinham santas pretas, e ainda se podia ver uma imagem bem estranha na janela, finja que era um demônio bem grande, e ele parecia estar virando cinzas.Com tudo isso ao meu redor, era quase impossível eu não me assustar.
O padre estava orando, mas havia algo de estranho nisso tudo, as velas que estavam em sua frente, começaram a se apagar devagar, de modo que só quem reparasse bem podia notar, e a cada vez que ia diminuindo a força da chama da vela, minha visão ia ficando mais escura, minhas pernas ia ficando fracas, até que cai no chão e tudo ficou tão escuro...

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